A derivação ventricular externa (DVE) é de grande
importância nos cuidados neurointensivos de pacientes vítimas de emergências
neurológicas, tanto por medir da pressão intracraniana (PIC) e a pressão de
perfusão cerebral (PP) como pelo desvio do líquido cérebro-raquidiano. A
drenagem do liquor além de reduzir a PIC, cria um gradiente de pressão que
redireciona o edema intersticial; o procedimento reduz a necessidade de uma
craniectomia descompressiva em pacientes com tumefação cerebral bi-hemisférica.
A colocação do cateter para uma DVE geralmente é feita no
Ponto de Kocher, um ponto localizado a 2-3 cm da linha média ou na linha
mediopupilar (para evitar o seio sargital) e a 1cm anterior à sutura coronal
(para evitar a faixa motora).
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Deve-se cortar o cabelo ao redor do sítio de incisão e do
estimado sítio de saída do cateter tunelizado, depois preparar a pele com
Betadine por 5min. A incisão nas proximidades do ponto de Kocher deve ser feita
no planto sargital, em seguida deve-se elevar o periósteo, colocar um retrator
com autorretenção e fazer um orifício com broca giratória ou trepano. Colocar
cera de osso nas bordas para interromper sangramento ósseo, cortar dura-máter e
cauterizar a dura e a pia-máter com coagulador bipolar. O cateter deve então
ser inserido perpendicularmente em relação à superfície cerebral e seguir uma
trajetória levemente inclinada no sentido medial e posterior.
Referências:
GREENBERG,M S. Manual de Neurocirurgia. 7 ed.2013
Andrade AF, Figueiredo EG, Teixeira MJ, Taricco MA, Amorim
RLO, Paiva WS. Neurotraumatologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2015.
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Por: José Cássio Falcão Acadêmico de Medicina Membro da LIPANI |
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