O
traumatismo cranioencefálico (TCE) é uma das doenças mais frequentes na prática
neurocirúrgica. É a principal causa de morte em adultos jovens com menos de 45
anos e crianças entre 1 e 15 anos de idade. Em pacientes politraumatizados, a
cabeça é a parte do corpo mais frequentemente lesada, podendo ocorrer uma
variedade de lesões. O TCE pode resultar em danos psicológicos, sociais e
físicos. Déficit sensoriomotor, de linguagem, comprometimento emocional e
cognitivo, e consequentemente, deterioração da capacidade funcional e qualidade
de vida.
O
traumatismo raquimedular (TRM), por sua vez, pode ser definido como uma lesão
direta ou indireta sobre a medula que implica no comprometimento completo ou
incompleto das funções motoras, sensitivas, autonômicas ou reflexas abaixo do
nível da lesão. É uma causa importante de incapacidade, com elevado custo
socioeconômico.
O
TCE e o TRM estão entre as principais causas de morbimortalidade, sendo assim,
quando ocorrem em associação, um pior prognóstico aguarda o paciente. Fazer o
diagnóstico e o manejo do TRM cervical nos pacientes com TCE é problemático,
uma vez que muitos desses pacientes apresentam um rebaixamento do nível de
consciência. A incidência relatada na literatura de TRM cervical em pacientes
com TCE tem variado de 4% a 8%. Instituir o diagnóstico precocemente é
fundamental, para que esses pacientes recebam o tratamento mais adequado e, uma
reabilitação otimizada, uma vez que esses pacientes geralmente permanecem
hospitalizados por longos períodos e possuem um alto risco de morte.
REFERÊNCIAS:
1- Holly LT, Kelly DF, Counelis GJ, Blinman T, McArthur DL, Cryer HG. Cervical spine trauma associated with moderate and severe head injury:
incidence, risk factors, and injury characteristics. J Neurosurg (Spine 3), 2002; 96, 285-291.
2- Michael DB,
Guyot DR, Darmond WR. Coincidence of
head and cervical spine injury. J Neurotrauma, 1989; 6 (3), 177-189.
3- Neto JSM,
Tognola WA, Spotti AR, Morais DF. Analysis of patients with spinal cord
trauma associated with traumatic brain injury. Coluna/Columna, 2014; 13(4), 302-305.
Por: Thiago Sipriano Acadêmico de Medicina Membro da LIPANI |
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