Com a evolução da
humanidade evidencia-se aumento progressivo de vítimas de traumas mecânicos,
independente da causa, os quais determinam o crescimento das mortes ditas
violentas. Dentre os traumas mecânicos, o traumatismo cranioencefálico (TCE) é
o principal determinante de óbito e sequelas em politraumatizados, sendo por
isso definido pela Organização Mundial de Saúde como um problema de saúde
pública. Os desfechos clínicos dos pacientes com trauma cranioencefálico grave
são variáveis e as previsões prognósticas são incertas. A disponibilidade de
grandes bancos de dados, avanços estatísticos e a utilização de escalas de
prognóstico tem facilitado o desenvolvimento de modelos de prognóstico de maior
desempenho e generalização.
Hipotensão arterial, hipoxemia, pressão de perfusão
cerebral diminuída, pressão intracraniana aumentada, hiperpirexia e idade acima
de 40 anos são fatores relacionado a um mau prognóstico no atendimento inicial
ao TCE. Sendo assim, pergunta-se: vale a pena operar um paciente idoso vítima
de TCE que esteja em indicação cirúrgica?
Visto que a idade se torna um fator de mau
prognóstico a partir de 40 anos e que existem diversos fatores além dos citados
acima que aumentam a mortalidade no TCE como rebaixamento do nível de
consciência e lesão axonal difusa, a idade não pode e não deve ser considerada
um fator de exclusão para um procedimento cirúrgico. Considerando que pacientes
a partir de 40 anos não fossem submetidos à cirurgia devido ao mau prognóstico,
esperaríamos um aumento da mortalidade destes pacientes assim como a diminuição
do número de cirurgias do centro de referência em TCE.
Por: Carolinne Queiroga Acadêmica do sétimo período de Medicina Vice-presidente da LIPANI |
Nenhum comentário:
Postar um comentário