Síndrome de Weber
Na síndrome de Weber
temos uma lesão da base do pedúnculo cerebral, geralmente compromete o trato
corticoespinal e fibras do nervo oculomotor, resultando em hemiplegia do lado
oposto e paralisia ipsilateral do oculomotor. O paciente com lesão do nervo
oculomotor apresenta ptose palpebral, diplopia, midríase e imposibilidade de
mover o bulbo ocular para cima, para baixo e em direção medial, devido à
paralisia dos músculos retos superior, inferior e medial, além de estrabismo
divergente, por ação do músculo reto lateral não contrabalançada pelo reto
medial.
Essa síndrome foi descrita
pelo médico francês Adolph-Marie Gubler, cerca de quatro anos antes do médico
teuto-inglês Sir Herman David Weber tê-la descrito, em 1863, e 17 anos antes do
médico alemão Ernest Victor Von Leyden, descrever uma síndrome semelhante em
1875. Por isso, a síndrome de Weber é também descrita por alguns como síndrome
de Weber-Gubler, paralisia de Leyden e síndrome de Leyden. Além de outros
sinônimos como síndrome peduncular cerebral, hemiplegia alternante peduncular
superior e síndrome do pedúnculo cerebral.
Figura 1: AVCh de mesencéfalo acometendo a base do pedúnculo cerebral direita. O paciente encontrava-se inconsciente, pupila direita midriática e com hemiplegia esquerda. |
Síndrome de Benedikt
Na síndrome de Benedikt
ocorre lesão no tegmento mesencefálico, comprometendo o nervo oculomotor, o
núcleo rubro e os lemniscos medial, espinal e trigeminal. Os sinais e sintomas
da lesão do nervo oculomotor estão descritos acima. A lesão dos lemniscos
medial, espinal e trigeminal resultam em anestesia da metade (hemianestesia) contralateral
do corpo, inclusive da cabeça (causada por lesão do lemnisco trigeminal). E por
fim, a lesão do núcleo rubro que causa tremores e movimentos anormais do lado
oposto à lesão.
Essa síndrome foi
descrita inicialmente em 1889 pelo médico vienense Moritz Benedikt.
Síndrome de Perinaud
A síndrome de Perinaud
também é conhecida como síndrome do aqueduto de Sylvius, síndrome mesencefálica
dorsal e síndrome peneal. A lesão esta situada na área pré-tetal. Os pacientes
com essa síndrome apresentam paralisia do olhar conjugado para cima, alterações
pupilares (midríase e dissociação luz-perto), retração palpebral (sinal de
Collier) e nistagno de refração convergência ao olhar para cima.
Essa síndrome foi
descrita em 1883 por Parinaud, que não elucidou precisamente o local da lesão.
A localização definitiva da lesão na área pré-tetal resultou de observações
experimentais e em humanos feitas entre 1969 e 1974 por Bender, que criou o
termo síndrome pré-tetal.
REFERÊNCIAS:
1- MACHADO, A.;
HAERTEL, L. M. Considerações Anatomoclínicas sobre a Medula e o Tronco
Encefálico. Neuroanatomia Funcional. 3
ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2014. p. 185-194
2- AFIFI, A. K.; BERGMAN,
R. A. Mesecéfalo: Correlatos clínicos. Neuroanatomia
Funcional. 2 ed. São Paulo: Editora Roca, 2007. p.163-167.
3- FILHO, M. B. L. et
al. Acidente vascular de tronco encefálico. Arq Neupsiquiatr. v. 53, n. 01, p. 364-367, 1995.
Por: Thiago Sipriano Acadêmico de Medicina Convidado da LIPANI |
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