PADRÃO PUPILAR
Os músculos dilatadores e constritores da pupila
são inervados por neurônios simpáticos e parassimpáticos, e disso depende o
tamanho e a reatividade pupilar.
O sistema simpático estimula a contração dos
músculos dilatadores da pupila, determinando midríase e o sistema parassimpático,
a contração dos músculos constritores da pupila, levando a miose. Em repouso,
há uma ação tônica contínua tanto do sistema simpático, quanto do
parassimpático. Se houver comprometimento de uma das vias simpática ou
parassimpática, o efeito no tamanho da pupila, miose ou midríase, dependerá da
ação do sistema menos acometido ou intacto. Portanto, lesões em neurônios da
via simpática levam a miose, e da via parassimpática, a midríase.
A via simpática pupilo-dilatadora tem origem no
hipotálamo. Dessa forma, sabe-se que lesões hipotalâmicas podem produzir
constrição pupilar ipsilateral, geralmente associado com ptose e anidrose
(Sindrome de Horner).
Já lesões talâmicas podem levar a pupilas pequenas e reativas, chamadas pupilas diencefálicas.
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=SINDROME+HORNER&dcr=0&source=
Figura 02. Síndrome de Horner: olho direito com miose ipsilateral e ptose.
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Já lesões talâmicas podem levar a pupilas pequenas e reativas, chamadas pupilas diencefálicas.
Figura 03: Pupilas diencefálicas.
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=pupilas+diencefalicas&source=lnms&tbm=
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A via parassimpática aferente
inicia-se nas células preganglionares retinianas e segue através do nervo e
trato optico até chegarem na região pré-tectal. A via eferente segue através do
nervo óculo-motor a partir do núcleo de Edinger-Westphal, localizado no
mesencéfalo, e vai inervar os músculos pupilo-constritores. O reflexo pupilar
consiste na contração pupilar após estímulo luminoso, através da via
parassimpática.
Lesões
mesencefálicas podem produzir três tipos de alterações pupilares dependendo da
localização. Lesões nas regiões tectais dorsais interrompem a reação pupilar à
luz, levando a pupilas médias ou pouco dilatadas (5 a 6mm) e fixas.
Já lesões
nucleares mesencefálicas comprometem tanto a via simpática quanto a
parassimpática, levando a pupilas médio-fixas (4 a 5 mm), geralmente
relacionadas a herniação transtentorial.
Fonte: http://areadewernicke.blogspot.com.br/2015/03/reflexo-pupilar.html
Figura 04: pupilas médio- fixas. |
Lesão do III nervo craniano
(inerva músculo constritor da pupila, entre outros) bilateral levam a midríase
paralítica, geralmente relacionada a herniação uncal.
Figura 05. Midríase.
Fonte: https://www.google.com.br/search?dcr=0&biw=1366&bih
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Lesões
no tegumento pontino interrompem as vias descendentes simpáticas (responsáveis
pela midríase), levando a miose bilateral com preservação do reflexo pupilar a
luz.
As drogas anticolinérgicas (antagonizam o efeito da acetilcolina), como atropina ou escopolamina, podem levar a dilatação pupilar. Isso se deve ao fato de a midríase ser efeito anticolinérgico.
Opiáceos, como heroína e morfina, podem levar a miose, semelhante a hemorragia pontina.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Almir Ferreira de et al. Coma e outros estados de consciência. Revista de Medicina, São Paulo, v86, n. 3, p. 123-131, sep 2007. ISSN 1679-9836. Disponível em: http://www.revista.usp.br/revistadc/article/view/59185, Acesso em: 23 out. 2017. Doi: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v86i3p123-131
GARCIA, Marcelo de Mattos; MARTINS, José Carlos Tadeu. Avaliação por imagem das lesões isoladas do III par craniano. Radiol Bras, São Paulo , v. 38, n. 3, p. 219-223, June 2005 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842005000300011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 23 Out. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-39842005000300011.
As drogas anticolinérgicas (antagonizam o efeito da acetilcolina), como atropina ou escopolamina, podem levar a dilatação pupilar. Isso se deve ao fato de a midríase ser efeito anticolinérgico.
Opiáceos, como heroína e morfina, podem levar a miose, semelhante a hemorragia pontina.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Almir Ferreira de et al. Coma e outros estados de consciência. Revista de Medicina, São Paulo, v86, n. 3, p. 123-131, sep 2007. ISSN 1679-9836. Disponível em: http://www.revista.usp.br/revistadc/article/view/59185, Acesso em: 23 out. 2017. Doi: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v86i3p123-131
GARCIA, Marcelo de Mattos; MARTINS, José Carlos Tadeu. Avaliação por imagem das lesões isoladas do III par craniano. Radiol Bras, São Paulo , v. 38, n. 3, p. 219-223, June 2005 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-39842005000300011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 23 Out. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-39842005000300011.
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